MERCADO
O MERCADO é a feira de criativos da Semana Criativa de Tiradentes. São designers, artesãos e projetos de vários lugares do Brasil, que passam por uma curadoria cuidadosa para seja um evento plural.
Onde: Espaço Raízes, Praça da Estação, 10
Horário de funcionamento:
17, 18 e 19 de outubro, quinta, sexta e sábado, das 10h às 19h
20 de outubro, domingo, das 10h às 17h
Vans farão o trajeto do centro histórico até o Mercado regularmente durante o festival.
1985 d.D.
A 1985 d.D. tem como viés uma produção de moda mais consciente e que fomenta os fazeres manuais dos artesãos brasileiros. Tem como fonte de inspiração a pluralidade cultural do nosso país. Esse ano, a marca desenvolveu uma coleção inspirada no Vale do Jequitinhonha e produzida por artesãs de Tiradentes.
Alina Amaral
A marca Alina Amaral nasceu da paixão pelo bordado livre, pela mistura de texturas e o desejo de comunicar através do vestuário contemporâneo sinais da nossa ancestralidade, memórias afetivas e do fazer lento. O processo tem ideias associadas ao slow fashion, a sustentabilidade e a responsabilidade social.
Andrezinho/Mestre Passarinho
Andrezinho é guardião de uma pequena mata em sua comunidade. Este mestre recuperou uma área degradada, que hoje é sua companheira e fonte da matéria-prima, dando vida a passarinhos e outros seres encantados fabricados nesta parceria. Toda a madeira é dada, nada é arrancado da natureza. O processo de criação começa com a entrada na mata, em pedido de licença. O mestre observa na mata as madeiras que caem e entende “a forma que é trazida”. Sempre muitos passarinhos, mas também outros seres. Às vezes, a madeira lembra ofícios, crianças… Ele então, acompanhando as formas da madeira, esculpe, lixa e às vezes a fixa numa estrutura. Costuma não usar cores artificiais, deixando as tonalidades da madeira viva.
Arado
Os designers Bruno Brito e Luís Matuto comandam o estúdio criativo focado na pesquisa e divulgação do imaginário popular brasileiro, sobretudo rural. Por meio de projetos autorais e comissionados, o Arado apresenta elementos que ajudam a compreender a formação cultural do Brasil.
Aripuá Calçados feito a mão
A Aripuá é uma marca original de Prados, MG, que se propõe a resgatar e valorizar o ofício da sapataria artesanal, tradicional na cidade e região. Os calçados são produzidos com couro, em sua maioria de origem residual, e os solados são feitos com pneu, também de origem residual, o que garante resistência e durabilidade. Além dos calçados artesanais, também são produzidas bolsas, mochilas, carteiras, cadeiras, cestos e outros acessórios de uso pessoal e também decorativo.
Associação Arca
A ARCA reúne artesãs e artesãos das comunidades quilombolas de Gravatá, Faceira e Poções, no município de Chapada do Norte, no Vale do Jequitinhonha, MG. Ao todo, 13 comunidades quilombolas certificadas compõem o território. Epicentro de uma cultura viva e muito preservada, Chapada do Norte é porta-voz da história e identidade mineira e brasileira. O artesanato é um importante mecanismo de perpetuação da cultura local, que reúne no fazer manual saberes transmitidos de geração em geração. As artesãs e artesãos da ARCA se destacam pela técnica do trançado da palha de milho e do couro, além da fabricação de tambores e de caixas de folia.
Atelier Mínima
Lívia Stefani cria poesias em cerâmica, frutos de sua experimentação com o barro. Este ano, o Atelier Mínima estará na Semana Criativa com os trabalhos mais recentes em cerâmicas para o corpo e para a casa, como brincos e anéis.
Crocheteiras do Algodão
Desde o ano 2022, a Tingui, em parceria com a agricultora e crocheteira Anereide, vem oferecendo oficinas de crochê para 37 mulheres das comunidades de Empoeira e São João Piteiras, nos municípios de Francisco Badaró e Chapada do Norte, respectivamente. Nesse ano de 2024, as oficinas chegaram a mais duas comunidades. Muitas das mulheres crocheteiras, são também fiandeiras e estão plantando algodão. O objetivo é que esses grupos usem o fio do algodão plantado em suas roças e quintais, como matéria-prima de seus crochês. Em 2023, a Tingui convidou a crocheteira Raquel e a designer de produtos Paula Dib para trabalharem no desenvolvimento de peças. Para celebrar a força e a importância da agricultura familiar, estão produzindo embornais, símbolo da honra e da alegria dessas mulheres de serem agricultoras familiares.
e.fem Flora
Trata-se de um ateliê botânico formado por mulheres artistas e artesãs, que trabalham para transformar arte em produtos feitos à mão. Nasceu da vontade de eternizar não só os elementos da natureza, mas também a memória que se registra desse contato. Hoje, são mais de 90 variações de produtos no portfólio da marca. Parte dele está disponível no Mercado.
Estúdio Libero
Higor Serpa é ceramista, escultor e está em seu último ano do curso de Artes Aplicadas pela UFSJ (Universidade Federal de São João del Rei). Atua na criação de esculturas, luminárias e utilitários em cerâmica. Dentre seus interesses mais recentes estão as esculturas figurativas feitas a partir de inspirações circenses. E com uma pegada surrealista, contrasta questões emocionais com o lúdico do picadeiro. Em suas luminárias e utilitários, mescla a cerâmica com outros materiais naturais, como cipó, madeira e palha de taboa.
Infusiva
Uma verdadeira alquimia, essa é a infusiva. Uma marca familiar, nascida através das vivências e processos da alquimista e especialista em chás Juliana Zannini e do seu companheiro chef de cozinha e colecionador de plantas, Henrique Campos. Juntos, eles desenvolvem novos sabores através da infusão de plantas, frutas, especiarias e as infinitas composições que a criatividade e o estudo e observação permitem. A infusiva nasce com objetivo de contribuir na construção do jeito brasileiro de tomar chá e aposta em cores, sabores e aromas conquistados apenas com ingredientes da natureza, sem a necessidade de acrescentar aromas sintéticos.
José Carpinteiro
O programa Zé Carpinteiro nasce da escuta de jovens e adultos das comunidades do Vale do Jequitinhonha, que declaram o desejo de permanência em seus territórios de origem a partir do desenvolvimento de suas habilidades e identidades.
O aprendizado se dá junto a mestres da região na formação em técnicas de estamparia e desenvolvimento de processos criativos. A primeira coleção é composta por linhas de estampas variadas, como a de passarinhos.
Letras que flutuam
Entre as inúmeras manifestações culturais existentes na Amazônia, há uma que chama atenção por sua beleza e singularidade: a tradição de pintar letreiros com os nomes dos barcos de uma maneira particular. São letras coloridas e decoradas, em sua maioria maiúsculas e com sombras, pintadas por artistas populares: os abridores de letras de barcos. O Instituto Letras que Flutuam vem criando produtos em parceria com os Abridores como cadernos, impressos, camisetas e letras em 3D, para buscar novas formas de inserção no mercado e novos suportes que respeitem seu modo de vida e modos de fazer, ao mesmo tempo que beneficiem os detentores deste saber de forma justa.
Maria Barbosa Pijamas
Maria Luiza cria pijamas coloridos desde 2016. Combina estampas — como vichy, listras, bolinhas e flores — e cores de forma divertida e intuitiva. Normalmente, trabalha sob encomenda (e encantamento), mas para o Mercado ela apresenta pijamas e camisolas com tecidos 100% algodão para pronta entrega. A modelagem é bem confortável. Com os resíduos da sua produção passou a também fazer mantas de retalhos.
Marisa Portella Design
A marca foi criada pela designer de joias e joalheira Marisa Portela. A designer pensa a joia como um objeto de vestir, como uma forma de levar a arte no corpo. “A intenção é criar peças de design contemporâneo, transitando sempre com simplicidade e delicadeza entre formas geométricas e orgânicas.
Morada
A marca paraibana Morada é fruto do sonho de trabalhar com moda em um processo autoral, ético e sustentável, unindo o bordado Labirinto, Patrimônio Imaterial do estado da Paraíba, e o tingimento natural com plantas da caatinga. São peças muito especiais e em edições limitadas, feitas em linho e algodão orgânico, atemporais e versáteis, que carregam a identidade cultural de seu território, aliando moda, artesanato e desenvolvimento local, em uma rede de artesãs e agricultores familiares do agreste paraibano.
Nordestesse
Trata-se de uma plataforma que tem como objetivo impulsionar criativos dos nove estados do Nordeste nas áreas de moda, design e artes. Para o Mercado, traz peças que mostram a intersecção entre artesanato e design. Estarão presentes as cerâmicas funcionais da Olar Design, do cearense Heytor Borges, os móveis produzidos com a colaboração de artesãos, do também cerarense Leo Ferreiro, como o banco Piúba, as esculturas em cerâmica de Silvina Rosa, vindas de Trancoso, BA, e o trabalho de artesãs pataxós da Aldeia Mãe da Barra Velha, no sul da Bahia. Hoje reunidas no grupo Mawerê Artes, aplicam o que aprenderam no artesanato de miçangas em colheres de madeira pequiá.
Oficina Umi
A Oficina Umi é uma marca de joias produzidas manualmente, desde a fundição da prata até as criações e cravações das pedras, por Sara Martins Ywahashi. Graduada em Sociologia e Política e pós-graduada em Globalização e Cultura, acabou se especializando em joalheria artesanal, onde utiliza o seu conhecimento histórico, cultural e antropológico da sociedade como instrumento para o desenvolvimento de suas coleções, sempre enfatizando e valorizando a cultura do outro e a simplicidade através da observação em suas andanças pelo Brasil. Joias com história são as suas paixões.
Popoke
Eduardo Castanheira e Natália Rocha trazem as peças lúdicas, únicas e exclusivas esculpidas em madeiras nobres da Popoke. Personagens fantásticos, que mexem com o imaginário.
Rendeiras da Aldeia
Rendeiras da Aldeia é um grupo de mulheres que encontrou na Renda Renascença a possibilidade do encontro, da convivência, da troca e da autonomia. Para além da produção de peças, essas mulheres convivem no dia-a-dia e compartilham saberes entre gerações. Através da renda mantêm viva uma das mais belas tradições manuais brasileiras, que as conecta com a ancestralidade guardada no fazer da renda.
Semana Criativa Tiradentes
A Semana Criativa de Tiradentes vai levar uma seleção especial de peças ao Mercado lançados nos sete anos de projeto, todas feitas à mão e criadas por artesãos da região com designers de vários lugares do país. Para o Mercado serão objetos menores para usar ou decorar a casa de tipologias distantes: do estanho ao bordado.
Tecelãs de Tocoiós
Tecelãs de Tocoiós é um grupo de mulheres fiandeiras e tecelãs, integrantes da Associação dos Artesãos de Francisco Badaró. Moradoras da comunidade quilombola de Tocoiós de Minas, desenvolvem peças de tear a partir de suas práticas tradicionais de plantio, colheita, beneficiamento e uso do algodão. As peças trazem tons terrosos obtidos pelo tingimento natural e sustentável, com uso de plantas nativas, como o jenipapo, a aroeira, o tingui, a casca da cebola, a gema do ovo, a mangueira, o anil, o murici do cerrado, o anjico, a romã, o pequi, o urucum, a amoreira, a erva de passarinho etc. Entre as peças produzidas estão: redes, colchas de casal e de solteiro, mantas, toalhas de mesa, caminhos de mesa, passadeira, tapetes etc.
Terrakota
A Terrakota é um pequeno ateliê de cerâmica, comandado pelo artista Marco Rocha, com endereço próximo do centro histórico de Tiradentes. A produção é focada em louças e utilitários para o dia-a-dia, como xícaras, canecas, mantegueiras, pratos rasos e de sobremesa, bowls e tigelas de servir em cores variadas, como branco, verde e azul.
Trama Afetiva
A Trama Afetiva faz moda com resíduos da indústria têxtil, buscando um ecossistema inclusivo, sustentável, transparente, lucrativo e criativo. Thais Losso e Jackson Araújo estão à frente do projeto e trazem sua experiência na indústria tradicional da moda para esse ambiente de inovação. A dupla viu nos tecidos náilon de guarda-chuvas quebrados, garimpados em cooperativas de catadores de São Paulo, a oportunidade de criar roupas únicas e sustentáveis.
Tsuru
O artista plástico e arquiteto Lucas Lemos é natural do Povoado Saúde, região ribeirinha do baixo são Francisco, em Sergipe. Pela curiosidade, inquietação e, sobretudo, paixão, descobriu possibilidades da valorização da sua cultura através do couro legítimo. Daí, nasceu a Tsuru, onde produz calçados manualmente.
Vivekâ - Perfumaria Botânica
A Vivêkaka é uma marca de perfumes botânicos idealizada por Vivian Monteiro, uma entusiasta da natureza e da alquimia. Com muita sensibilidade e carinho, combina plantas, óleos essenciais puros e ingredientes naturais para criar cada perfume. As fragrâncias são cuidadosamente selecionadas para despertar sensações e emoções, promovendo bem-estar, relaxamento e poder pessoal. Os perfumes da Vivêka vão além de simples aromas: eles são formulados para elevar a energia física e emocional.